Hipocrisia

Nos últimos dias temos acompanhado a polêmica ocorrida pela arte exposta no MAM (Museu da Arte Moderna). Tentando ser imparcial, porém analisando os fatos, é uma minoria querendo impor valores perdidos e esquecidos já há bastante tempo. Falando em valores perdidos, podemos lembrar como nossa sociedade evoluiu nas últimas décadas, antigamente as mulheres eram as donas de casa e cuidavam do marido, dos filhos e da casa com esmero e afinco. Entretanto surgiu o apelo comercial proposto pela mídia televisiva, que impregnou a necessidade de adquirir bens e com isso a necessidade da mulher trabalhar fora, para assim melhorar o poder aquisitivo da família, competindo com os chamados “pais de família” e prostituindo os empregos, por sujeitarmo-nos a receber um salário menor que o “deles”. Depois que a mulher foi trabalhar fora, precisou de duas coisas: alguém para cuidar da casa, dos filhos e às vezes do marido (desculpem o sarcasmo), mas a verdade é que não é fácil dar conta de tudo. A família começou a perder os valores foi nessa época em que as mulheres começaram a disputar com os homens. Não sou contra a mulher que trabalha fora, temos Leis que regulam os excessos, com o objetivo de minimizar a falta que “elas” fazem no seio familiar. Retornando ao problema, surgiram outros empecilhos: filhos sozinhos em casa, amizades sem as devidas precauções (pode ser amigo de qualquer um), por favor, não estou sendo preconceituosa, mas com a falta da supervisão é mais fácil o acesso às drogas e sem falar que o sexo precoce é normal, gerando outro grave problema: mães e pais inexperientes e abortos desnecessários. Pessoas... Somos hipócritas quando queremos regular “exposições culturais” e deixamos nossos filhos à mercê da falta de orientação porque ocupamos o nosso tempo com outras coisas, as quais não deveriam ser nossa prioridade. Voltando ao ocorrido no MAM, queremos apedrejar o artista que protagonizou o ocorrido, mas não nos preocupamos com tudo o que deixamos nossos filhos ter contato antes do tempo. Não prezamos a infância quando os deixamos livres, para terem os amigos que quiserem, assistirem os programas que desejarem ou não terem uma rotina pré-estabelecida. Achamos crime quando um adulto fica nu em uma exposição onde há crianças, mas não nos preocupamos quando nos vêem nus ainda em tenra idade, ou quando porque as “mães” precisaram trabalhar e quem tem que tomar conta é o pai e para isso trocar e banhar o “bebê” ou criança, assim tendo que ver e tocar o órgão genital dos filhos, abrindo para isso, precedente para abusos. Não vou generalizar, existe muito homem que presta e que realmente possui valores bem definidos, todavia quando a porta está aberta é mais fácil para o ladrão roubar. Nossos valores mudaram, infelizmente. Porque nos acostumamos em olhar as coisas conforme nos convêm, porém é certo que não devemos lançar a bandeira branca, porque a esperança é a última que morre. Um grande abraço, e que comece a polêmica!